Outrora os clássicos contos de fadas, espero que tenham noção que todos vivemos um. Intenso, poderoso, arrebatador. Vivemos um na medida do possível, na medida que deixarmos viver.
Inteiramente e inteiro, como deve ser. Sem o fim à vista.
Já não sei onde estás, nem com quem estás, mas só espero que estejas bem.
Não sei se algum dia existirá palavra para descrever a dor da indiferença de alguém que queremos bem. Bem e perto. Mas nem de perto nem de longe, está.
Mantive horas e horas a debater-me sobre os meus erros ou sobre a imensidão de outros que poderia ter cometido em vez daqueles que, na verdade cometi. Ainda assim, não foi um erro. Foi o melhor de mim. O certo às vezes é tão errado, que erramos. Só que fiz o certo e falhei. Parece sempre tudo tão certo quando a felicidade abana os cobertores que nos cobrem. Cobrem dois corações que sabem que o amor é tudo. Mas há falta, dele. Do carinho, da felicidade constante que acaba num instante. Porque é relativo como o tempo... Aquele que já se foi. Mas que fomos tão felizes nesse tempo. Aquele, que já foi... e não volta...
Gostaria de saber ignorar. Ignorar o que vai, e o que fica.
O que fica acaba por ser aquilo que nos acompanhará para a nossa pequena eternidade. Fica amor, fica a pessoa que conhecíamos, porque mudamos, porque nos moldamos com as situações. Com o sofrimento, fossilizamos a frieza, que é, fica e será permanente e parte integrante da nossa continuação. Por aí... Sabe-se lá por onde..
E o que vai, foi o que voou entre os nossos dedos que entrelaçávamos. O vento. E tu, que voaste nele.
E nisto tudo, acabei por ficar também eu. Aqui, bem longe onde me deixaste. Onde quiseste que ficasse.
Garanti a mim mesma, que continuarias a ser o meu Conto de Fadas. O que eu sei que vivi e que me ensinou a amar. Mesmo quem não nos ama. Sem implorar amor de volta. Porque amor não se implora, e amaremos sempre muito mais do que esperamos, e mais do que o outro alguém. Nunca amamos na medida certa. Não é errado, é assim que é.
És mais do que aquilo que achas que sim. E mesmo que te aches muito, isso ainda é pouco.
Sinto-me tão frágil, tão magoada... Não é por culpa de há uns tempos. É por saber que esses tempos, não voltam. É por culpa de agora, por ter feito de tudo, e ter parecido um simples nada. Para as pessoas, falhar é humano, mas desiludir é desumano. Só falhamos, porque tentamos. Percebo que devia ter dado o poder ao tempo, de ser como ele quisesse, de ser quando quisesse. De certa forma, continuar a ser a reserva que se permanece intacta após quedas imensas, que não desaparece assim que se torna inacessível, foi como guardar na tal reserva o bom vinho para depois.
A vida continua, mas as reservas ficam. E os bons vinhos para os grandes momentos, também.
A vida muda, mas o coração ainda é o mesmo...
Reservei a melhor pessoa que sou, guardei o que de melhor havia para guardar, e permaneci lá. Guardada até que se desfrute. Até que a encontrem. Lá. Guardada.
Sou a reserva que vai guardando em mim, e no coração: Aquilo que gostava que tivesse na vida.
Até que os brindes me encontrem.
- à nossa.
Que há-de vir. Um dia.
Vou indo...
Estarei por aí.
Inteiramente e inteiro, como deve ser. Sem o fim à vista.
Já não sei onde estás, nem com quem estás, mas só espero que estejas bem.
Não sei se algum dia existirá palavra para descrever a dor da indiferença de alguém que queremos bem. Bem e perto. Mas nem de perto nem de longe, está.
Mantive horas e horas a debater-me sobre os meus erros ou sobre a imensidão de outros que poderia ter cometido em vez daqueles que, na verdade cometi. Ainda assim, não foi um erro. Foi o melhor de mim. O certo às vezes é tão errado, que erramos. Só que fiz o certo e falhei. Parece sempre tudo tão certo quando a felicidade abana os cobertores que nos cobrem. Cobrem dois corações que sabem que o amor é tudo. Mas há falta, dele. Do carinho, da felicidade constante que acaba num instante. Porque é relativo como o tempo... Aquele que já se foi. Mas que fomos tão felizes nesse tempo. Aquele, que já foi... e não volta...
Gostaria de saber ignorar. Ignorar o que vai, e o que fica.
O que fica acaba por ser aquilo que nos acompanhará para a nossa pequena eternidade. Fica amor, fica a pessoa que conhecíamos, porque mudamos, porque nos moldamos com as situações. Com o sofrimento, fossilizamos a frieza, que é, fica e será permanente e parte integrante da nossa continuação. Por aí... Sabe-se lá por onde..
E o que vai, foi o que voou entre os nossos dedos que entrelaçávamos. O vento. E tu, que voaste nele.
E nisto tudo, acabei por ficar também eu. Aqui, bem longe onde me deixaste. Onde quiseste que ficasse.
Garanti a mim mesma, que continuarias a ser o meu Conto de Fadas. O que eu sei que vivi e que me ensinou a amar. Mesmo quem não nos ama. Sem implorar amor de volta. Porque amor não se implora, e amaremos sempre muito mais do que esperamos, e mais do que o outro alguém. Nunca amamos na medida certa. Não é errado, é assim que é.
És mais do que aquilo que achas que sim. E mesmo que te aches muito, isso ainda é pouco.
Sinto-me tão frágil, tão magoada... Não é por culpa de há uns tempos. É por saber que esses tempos, não voltam. É por culpa de agora, por ter feito de tudo, e ter parecido um simples nada. Para as pessoas, falhar é humano, mas desiludir é desumano. Só falhamos, porque tentamos. Percebo que devia ter dado o poder ao tempo, de ser como ele quisesse, de ser quando quisesse. De certa forma, continuar a ser a reserva que se permanece intacta após quedas imensas, que não desaparece assim que se torna inacessível, foi como guardar na tal reserva o bom vinho para depois.
A vida continua, mas as reservas ficam. E os bons vinhos para os grandes momentos, também.
A vida muda, mas o coração ainda é o mesmo...
Reservei a melhor pessoa que sou, guardei o que de melhor havia para guardar, e permaneci lá. Guardada até que se desfrute. Até que a encontrem. Lá. Guardada.
Sou a reserva que vai guardando em mim, e no coração: Aquilo que gostava que tivesse na vida.
Até que os brindes me encontrem.
- à nossa.
Que há-de vir. Um dia.
Vou indo...
Estarei por aí.
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