Outrora os clássicos contos de fadas, espero que tenham noção que todos vivemos um. Intenso, poderoso, arrebatador. Vivemos um na medida do possível, na medida que deixarmos viver. Inteiramente e inteiro, como deve ser. Sem o fim à vista. Já não sei onde estás, nem com quem estás, mas só espero que estejas bem. Não sei se algum dia existirá palavra para descrever a dor da indiferença de alguém que queremos bem. Bem e perto. Mas nem de perto nem de longe, está. Mantive horas e horas a debater-me sobre os meus erros ou sobre a imensidão de outros que poderia ter cometido em vez daqueles que, na verdade cometi. Ainda assim, não foi um erro. Foi o melhor de mim. O certo às vezes é tão errado, que erramos. Só que fiz o certo e falhei. Parece sempre tudo tão certo quando a felicidade abana os cobertores que nos cobrem. Cobrem dois corações que sabem que o amor é tudo. Mas há falta, dele. Do carinho, da felicidade constante que acaba num instante. Porque é relativo como o tempo... Aque
Ana Ribeiro