Avançar para o conteúdo principal

Crónica ao amigo

Desconhecia certos mundos artísticos, até fazer parte de um dos mundos mais acarinhados pelos leitores assíduos. Apenas conhecendo as letras e tratando-as por "tu" recentemente, desconhecia na totalidade o lado do desenho. Mas vendo bem as coisas, todo o escritor precisa de um bom desenho para o seu livro. Eu, ainda escritora amadora, precisei também. De maneira que cativá-se o leitor a vê-lo.
Ninguém melhor, nem mais experiente que o meu atual ilustrador, sem saber que o seria, parti para o conhecimento da arte, vendo. Vi, revi, apaixonei-me e tornei-me a apaixonar por desenhos fantásticos. 
Vítor Paulo Fernandes, não é muito conhecido e é uma das coisas que me deixa feliz: Conhecer alguém brilhante que o País ainda não conhece como eu.
É necessário conhecer o mínimo para ter respeito, mas é preciso aprofundar os conhecimentos para saber gostar. Mais, para saber do que se gosta. 
És uma pessoa excelente. És do tipo de pessoa que numa conversa que teve comigo, riu-se de eu ter dito que não tinha talento, e que não tinha nascido com talento. Isto no início, quando ainda só suspeitava da minha vocação.
Menti, mas é mais precioso admitirem perante nós que temos talento, do que admitirmos isso para nós próprios. Porque sabemos, só que apreciamos quando as outras pessoas também o sabem.
Ganhei um amigo e um padrinho na escrita. Alimento a amizade com alimento e alimentarei a vista dos teus desenhos brilhantes, e isto em tom de brincadeira para te dizer que desenhas maravilhosamente bem.
Lembrei-me de ti para te escrever esta crónica quando falámos do nosso recente projeto a revista "Ponte de Fuga".

E porque a professora pediu. E não quero ter zero no trabalho.

Se é para ter boa nota, que seja igual ao que desenhas.


Seja o que Deus quiser ....

...

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Aguardo pelos reencontros

Estou aterrorizada quando devia estar sossegada envolvida nos pensamentos. Vi os seres mais importantes da construção da minha pessoa partir em busca de mais sabedoria, um futuro melhor, um emprego naquilo que gostam. Estou muito feliz por eles. Por mim não estou nada, porque fiquei. A vê-los. Através de fotos. Em mensagens que troco com poucos, mas fundamentais. Aqueles que eu não me importo nada de ver e rever, lembrar e relembrar. Os melhores que a vida me deu. Espero também lhes ter dado muito.  A cada dia que passa, acho que já perco quem está quanto mais quem anda por lá. Por lá, nas asas da Faculdade. Tenho plena noção que sou um ser melancólico e sentimentalista para pensar e escrever sobre isto. Ainda não sei bem porquê, vivo intensamente as coisas, todos os momentos, todos os dias. Custa-me imenso já não me cruzar com eles no intervalo do Secundário.  Fiquei para trás por burrice, e ainda hoje não sou capaz de aceitar esse contratempo. Pago muito caro hoje por isso:

Ao pôr do sol

Não me despedi, nem quis fazê-lo. Não consegui, nem o farei. Serão aqueles adeus que parecerão uma despedida, mas serão um até já. Inconsoláveis, mas o que tem de ser, é... Já não serei a rapariga, namorada babada, que tu levarás a casa depois de um jantar romântico.. Porque se ainda fizer parte do teu coração, de certeza que não é no lugar cativo, com vista para o mar, e com todo o amor para dar. Tenho pena, mas só quero que sejas feliz. Dá-lhe um abraço quando ela parecer magoada ou estranha, sente-se triste e vai precisar da tua companhia, só tua, porque te adora. Estende-lhe a mão, quando quiser andar pelo passeio sem cair. Vai sentir que estás lá para ela. Dá-lhe segurança. Estabilidade. Amor. Carinho. Recebe-a de braços abertos quando te quiser abraçar. A ti.  Ouve-a. Não te esqueças, nunca do aniversário dela, felicita-a. Dá-lhe os segundos necessários para querer-te para sempre.  Entendo que há segundos mais inesquecíveis que outros, e de todos eles, os que ficarão

Deixa-te estar

Andei à deriva pelos momentos já vividos, comparando as pessoas, olhando os sítios como se ainda estivesse na mesma altura e nas mesmas circunstâncias. Não é assim. Por diversos motivos, mas principalmente, por sucessões de tentativas falhadas, por esforços em vão, deixamos de ser os seres do costume. Que oferece um beijo, sem saber se é desejado. Que abdica do próprio tempo a sós por uma companhia. Estamos diferentes. Ontem eu gostava de saber o que é que ainda há a dizer. Hoje eu prefiro ficar onde estou, esperando por um dia, que te encontre e te saiba dizer pelas palavras exatas o que ainda não te disse. Deixei muita coisa a dizer. Talvez um dia, eu saiba escolher as palavras certas, enfrente os meus medos e vá ao teu encontro. Para te dizer aquilo que eu sei hoje, e que permanecerá até ao dia. Em que te encontre. Não espero afincadamente que haja esse dia, mas aprecio a ideia de um, talvez sim. Ontem eu adorava saber que ainda me podia consolar com as mensagens que me envia